" Commoditity"? Tô fora!

Não sou o que se possa chamar de patriota. Na verdade passo bem longe disso.

Até sei cantar direitinho o hino nacional, e se alguém gravasse e colocasse no YouTube juro que não passaria nenhum vexame.

Mas definitivamente não sou patriota.

Acho limites geográficos um acidente de percurso. Coisa chata de livro didático.

Mas admito que gosto muito de ver brasileiros brilhando. Pra falar a verdade eu acho o máximo gente que brilha.

Se tem coisa que me deixa muito feliz é criatividade, inovação e talento.

Tem 2 brasileiros fazendo bonito por aí e a gente quase não ouve falar deles por aqui.
Embora em campos e geração diferentes ambos têm algo em comum: - não se deixaram transformar em commodities.

Um deles é o Carlos Saldanha. O outro o Vitor Lourenço.

Saldanha é o Diretor de animação de "A Era do Gelo" 2 e 3. Sucessos absolutos! Olha só o que ele diz:





Já do Vitor, você pode nunca ter ouvido falar mas certamente já ouviu da empresa que ele trabalha, o Twitter.

Experimente dar um google no nome dele e preste bem atenção no que aparece.

Ele tem 22 anos e trabalha com design desde os 12. Isso mesmo.
Hoje ele está lá na Califórnia e é um dos diretores do Twitter.

Um trecho da entrevista dele para a Galileu:

"....Eu recebi o contato do Evan Williams (CEO do Twitter) no ano passado. Ele visitou um software que desenvolvi, chamado FoodFeed. Evan se interessou pelo conceito da aplicação e pelo meu trabalho. Fechamos um contrato remoto e posteriormente viajei para São Francisco para acompanhar a fase final do projeto de redesign do Twitter (em setembro do ano passado). Fizemos os últimos ajustes e acompanhei um pouco do trabalho árduo dos engenheiros em tornar tudo funcional. Hoje trabalho full-time como Designer de Produto no Twitter...."

- Agora, pergunta que faculdade ele fez?

Nenhuma, claro!
O diferencial competitivo dele? Ação!

Ele começou a fazer sites, criar novos formatos e se apropriar de novas linguagens e a fazer, fazer , fazer....fazer ..... Dos 12 aos 18 ele fez. Agiu.

Seguindo a teoria do Malcolm Gladwel, ele exerceu as tais 10.000 horas necessárias para se alcançar a excelência. O resto é história.

Tanto um quanto outro arriscaram ser e fazer diferente. Seguir um caminho único, fazer o que lhes dá prazer. Ah.... prazer, uma palavra quase proibida quando o assunto é trabalho.

Precisa dizer mais alguma coisa?

Um comentário:

Ronaud Pereira disse...

"Agora, pergunta que faculdade ele fez?"

essa foi ótima!

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