Alma pobre, conta bilionária


O filme "A rede social" mostra um desfile sem fim de fdps.
Todos muito bem vestidos e bem, todos "homens de Harvard".

Mostra também que o Facebook nasceu de uma mistura de frustração, dor, ressentimento, raiva, perda, disfunção social, etc, etc...

Rosabeth Moss Kanter em seu blog da Harvard Business Review tem um post esclarecedor sobre o tema: "Mark Zuckerberg e a miséria como motivação".
http://tinyurl.com/2dsechf

Boa leitura!

Aplicação da Inteligência de Mercado gerando resultados tributários e trabalhistas

Conta de apostador é bloqueada

Tributário: Ganhador da Mega-Sena tem R$ 2,5 milhões penhorados para pagar débito com União

Zínia Baeta | De São Paulo – 30/11/2010

Ganhador de R$ 110 milhões na Mega-Sena, um recém-milionário foi traído pela sorte por uma pequena nota publicada em um jornal de grande circulação no Rio Grande do Sul. O texto informava que o sortudo era um empresário gaúcho, morador de uma cidade do interior do Estado.


A pequena notícia ainda trazia a atividade da empresa da qual é titular e que esta possuía dívidas trabalhistas.


A pouca informação foi suficiente para chamar a atenção de um procurador da Fazenda Nacional. Um levantamento do núcleo de inteligência do órgão descobriu não só o nome do apostador como também um débito de R$ 2,5 milhões de sua empresa com a União. Com essas informações em mãos, o procurador foi à Justiça e conseguiu uma ordem para a penhora do valor na conta do sortudo. "Vi na publicação várias pistas e acendeu-se a luz amarela: se o ganhador reconhece que deve aos empregados, é de se supor que também deva ao Fisco", afirma José Diogo Ciryllo da Silva, procurador-chefe da Fazenda na 4ª Região, no Sul do país.


Entre a leitura da matéria e o bloqueio da conta corrente do milionário devedor passou-se uma semana. A localização do ganhador do prêmio, morador de uma cidade gaúcha de apenas três mil habitantes e proprietário de um frigorífico, não foi difícil para os três procuradores que atuaram no caso, afirma Silva. "Eram muitas evidências", diz. Na investigação, descobriu-se que a empresa do novo milionário respondia a sete execuções fiscais na Justiça, que somavam R$ 2,5 milhões, entre impostos e contribuição para a Previdência Social. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pediu à Justiça o bloqueio das contas do sócio, o que foi concedido. "Agora o processo tem o seguimento normal: O devedor vai ser citado para se defender", informa.

O levantamento foi realizado por procuradores da Fazenda Nacional da 4ª Região, que fazem parte do Núcleo de Inteligência da PGFN, órgão atrelado ao Grupo de Acompanhamento dos Grandes Devedores da União. Formado por cerca de 65 procuradores, o grupo, como o nome indica, é responsável pelo acompanhamento de processos de cobrança da União com valores a partir de R$ 10 milhões. Dentro dele, os profissionais do núcleo de inteligência, presente em todas as regiões do país, são incumbidos de buscar o histórico do contribuinte e tentar descobrir bens e dinheiro que possam ser penhorados para satisfazer a dívida com a União.

As fontes de busca, segundo procurador-chefe da Fazenda na 4ª Região, são as mais diversas possíveis. Dentre elas, matérias e notas veiculadas em revistas e jornais, denúncias e troca de informações com a Receita Federal e com o Fisco dos Estados. "Todos os dados disponíveis ou que nos permitam fazer uma avaliação do devedor, nós lemos", diz. Como pistas do contribuinte em débito, ele cita os "sinais exteriores de pujança".

A penhora de dividendos ou de juros sobre o capital próprio a serem pagos aos investidores das companhias abertas é um dos trabalhos mais conhecidos do núcleo de inteligência. Os procuradores do órgão são os responsáveis por monitorar a publicação de anúncios de distribuição de dividendos nos jornais. Quando a sociedade anônima discute na Justiça algum débito com a União e não ofereceu bem como garantia no processo, a Fazenda se antecipa ao pagamento aos acionistas e pede o bloqueio do dinheiro no Poder Judiciário.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), realizado no ano passado, mostra que a estratégia rendeu aos cofres públicos um valor superior a R$ 2 bilhões em penhoras entre 2007 e 2009. No mesmo período o Judiciário atendeu a pelo menos 16 pedidos da Fazenda Nacional, que evitaram - ou penhoraram, ao menos temporariamente - a distribuição de dividendos ou de juros sobre o capital aos investidores.

Noticia publicada no Jornal Valor Econômico de 30/11/2010

Ócio, Ócio, Ócio


A importância do ócio
Alberto Benegas Lynch*

Aristóteles escreve na obra Ética a Nicômaco, que as ocupações para contar com recursos para viver são “para ter ócio”, ou seja, para a vida contemplativa, para adentrar-se no sentido da vida e para o conhecimento (daí que “a virtude é o conhecimento”, de acordo com os ensinamentos socráticos).

É por isso que, de acordo com Josef Pieper em “O ócio e a vida intelectual”, a expressão “ócio” deriva de escola, “assim, pois, o nome com que denominamos os lugares em que se leva adiante a educação, e inclusive a educação superior, significa ócio”.

É por isso que Aristóteles em “A política” sustenta que o ócio é o ponto cardeal em torno do qual gira tudo.

Hoje, em grande medida, vive-se concentrado nos meios de vida, mas subestima-se o fim da vida.
Muitos se vangloriam de ter agendas cheias de meios, mas não deixam espaço para os fins. Trabalhar para a arbitragem cotidiana, ou seja, trabalhar para comprar barato e vender caro sem o menor esforço de trabalhar o espírito. Como já dito, ninguém no seu leito de morte se arrepende de não ter ido mais ao escritório, contudo, há arrependimentos por não ter alimentado mais a alma.
Não são poucos os opulentos materiais, mas paupérrimos intelectuais. O que nos caracteriza como seres humanos e nos diferencia das outras espécies é a psiqué, é a capacidade de mergulhar na nossa origem e de conjecturar acerca de nosso destino.
Não contribuímos para fazer que o mundo seja melhor porque nos dedicamos exclusivamente aos meios alimentares, mas sim pelo trabalho que dedicamos para dar alimento aos fins e ao escopo de nossa existência. Sem bússola não é possível chegar a nenhum lugar.
Os fundamentos da sociedade aberta resultam indispensáveis para prosperar mas, por uma parte, seria uma tarefa vazia se não forem aproveitados os tempos de ócio apagando-os com mais negócio (não-ócio) e, por outra, a mesma sobrevivência da liberdade depende do uso que seja dado ao ócio, para efeitos de investigar os pilares do respeito recíproco.

Conforme William Hazlitt, os negociantes de tempo completo sentem uma insuportável fadiga quando pensam no que excede o meramente comercial, e Robert Louis Stevenson afirma que esses personagens vivem em estado comatoso, já que para eles o mundo que vai mais além do negócio “é um alvo total”. Isto ocorre até que a asfixia totalitária não os deixa respirar, já que estão com uma amarra que lhes rodeia o pescoço… ainda que como predito por Lenin, certos “capitalistas competirão pelas amarras com as quais serão enforcados”.

Como bem aponta Pieper, “a falta de ócio, a incapacidade para o ócio, está em relação estreita com a preguiça; da preguiça é de onde procede a intranquilidade e a atividade incansável do trabalhar pelo trabalho”. É a incapacidade para se olhar por dentro, o que, de acordo com Joseph Fabry na sua obra “Em busca de significado”, sucede aos que não podem estar sozinhos, porque são presas da “síndrome do domingo”, precisam de ruído ao seu ao redor para estrangular a vida interior, são aqueles que dão rédeas soltas aos “desejos atávicos e zoológicos”, para fugir de si mesmos, em fuga de “um olhar centrípeta”.
Estes pequenos são os que se mofam dos teóricos, ao mesmo tempo em que eles alardeiam de práticos sem perceber que tudo o que usam é indefectivelmente consequência de elaborações teóricas. O pensamento abstrato é para eles um mundo inacessível, sem sabê-lo, somente praticam os ditados dos inovadores, que conceberam tudo aquilo no que descansa o prático. É indispensável antepor o ócio ao negócio para dar chance que a vida espiritual abra o caminho para a sociedade livre.
Os adiantamentos tecnológicos devem ir precedidos pelo guia moral, caso contrário inexoravelmente aqueles serão utilizados para o mal. E, não só isso, mas sim que a própria concepção tecnológica reduzirá sua qualidade devido a que os sinais no mercado estarão distorcidos pela intervenção do aparelho estadual e “as melhoras” conseguidas carecerão cada vez mais de significado, já que será em grau crescente, o resultado das demandas da estrutura política e não da gente (e na fase de transição sempre deve se contemplar o contra fático, ou seja, quanto mais se teria conseguido, se tivesse deixado o mercado operar).
Diz-se que deve se deixar cada um fazer o seu e se ocupar de seus negócios, mas aqui há duas observações relevantes. Por um lado, “o seu” também é o ócio e não se circunscrever ao negócio. Mas, ainda mais importante é notar que não há o seu se não houver espaço para o ócio, que permite estudar e difundir as ideias da liberdade, inclusive para poder fazer negócios. Constitui um espetáculo bastante vergonhoso, o que fazem a cada tantos anos, aqueles que “fazem o ridículo”, durante o resto do tempo se sentem reivindicados pelas enfáticas opiniões emitidas, enquanto aos candidatos que apoiarão na próxima campanha eleitoral, os quais são naturalmente, cada vez mais esquálidos em seus discursos, devido, precisamente, à oposição destes fantoches durante o resto do tempo.
Isto para nada significa desqualificar o mundo dos negócios, sem os quais, entre muitas outras coisas, não disporíamos de pão, de leite, de medicamentos, de moradia, de luz, de livros (nem de jornais). O que se trata é compreender que nada do que apreciamos pode existir - começando pela própria condição humana - se não lhe dedicamos o espaço suficiente para o ócio, no sentido aqui comentado. Com razão aborrece muito, por exemplo, quando se diz pejorativamente que os médicos são comerciantes, como se essa profissão e a medicina em geral, devessem viver de ar e como se quem a condena não estivesse mantido pelo comércio. Finalmente, o comércio significa dar a outros, o que precisam em troca de entregar o que o primeiro requer. São serviços recíprocos.
Contudo, há um complexo de inferioridade por não trabalhar tempo integral nos meios de vida. É como se isto desse sentido à própria existência. Tanto é o vazio existencial que há que ser totalmente preenchido com as atividades comerciais, do contrário, a pessoa estima que não é ninguém e, efetivamente, tem razão, mas subestima sua condição de vazio, posto que continua sendo ninguém ainda que esteja no escritório durante as 24 horas ou esteja “conectado” a algum meio eletrônico, porque, na verdade, está desconectado da vida. Para estes sujeitos dedica-se a reflexão de Borges, quando escreve na obra “O fazedor”: “Já se havia adestrado no hábito de simular que era alguém para que não se descobrisse sua condição de ninguém”.

* Presidente da Seção Ciências Econômicas da Academia Nacional de Ciências da Argentina. É Professor Emérito da Eseade (Escola Superior de Economia e Administração de Empresas em Buenos Aires), instituição na qual desempenhou o cargo de Decano por 23 anos. Este texto publicadaoa nteriormente no jornal “Diário da América”, Nova Iorque, 28 de outubro de 2010.
(Instituto Akatu)
Texto publicado aqui em 26/11/2010 10:25:09

Novos universos, novas abordagens
















Assistir "A Origem" já não é mais uma opção, é quase uma obrigação.

Imperdível é um adjetivo apagado diante da grandeza do filme.

Assim como Matrix inaugurou a nova estética do século XXI, A Origem dialóga com as várias camadas de realidades que nos rodeiam.

Já não basta ser inteligente para dar conta de um negócio, é preciso ampliar a consciência.

Como assim..?


Tenho dó da turma do crachá e penso que num futuro bem próximo todos seremos freelas.

Como assim?

Vivemos uma época curiosa.

Nunca se falou tanto em dieta e nunca houve tantos obesos. Nunca se produziu tanto alimento e nunca tanta gente morreu de fome. Tantos novos remédios, mas tantas doenças degenerativas e incuráveis. Tantas Faculdades e tanta ignorância. Mas com um detalhe, agora a ignorância recebe diploma, faz lipo e usa modelito rosa....

Um exemplo das contradições que vivemos é a elevação da carga de trabalho. Com o enxugamento de pessoal, crise, downsizing e fusões, é cada vez mais comum uma pessoa fazer o que antes faziam três ou quatro, sem direito a reclamar, afinal, ela ainda é uma das privilegiadas com-crachá.

Esse é parte do cenário cínico que se instalou nas empresas. Num momento em que o discurso bonito é o de gestão das pessoas paradoxalmente, nunca houve tanta sujeira embaixo do tapete nas organizações, de qualquer setor, porte e nacionalidade.

Quem está empregado hoje paga um alto preço pelo pacote: salário+benefícios+crachá+bônus.
Algo assim como a saúde ou a vida.

É impressionante o número cada vez maior de pessoas com gastrite, hipertensão e otras cositas mas... Pessoas com 20 anos, ou menos. Massacradas.
Com que talento estamos prontos para servir! É muito barato o processo de domesticação, por qualquer plano de saúde, cesta básica, celular ou previdência, fica-se muito dócil.

Por outro lado, pessoas com alta qualificação, fluente em 2 ou 3 idiomas, etc, etc, não conseguem nem uma primeira entrevista.

Das duas, uma. Ou a opção das empresas é pela mediocridade, ou os empregos estão sumindo.

Na dúvida eu fico com as duas prováveis respostas.

A maioria das empresas estáridiculamente medíocre e mortas de medo da inovação.

A maioria dos empregos virou fumaça.

No meio desse barulho todo, as ditas empresas de recolocação ( sic) fazem a festa. Elas conseguem vender o sonho. E muita gente está disposta a pagar pelo jogo: "Me engana que eu gosto".

Logo no início da revolução industrial, os
luditas fizeram um movimento de revolta contra as máquinas.

Luditas no século XIX

Talvez esteja na hora de encarar que passamos por um momento semelhante no século XXI, só que agora anestesiados pela droga do consumo, fazemos qualquer negócio para continuar pagando nosso cartão de crédito em até 12 vezes, para poder comprar tudo aquilo que "precisamos".

Não adianta espernear, nem fazer beicinho.

Tem que encarar.


Sabe qual a profissão que mais vai crescer nos próximos 5 anos?


Quem pensou no pacote básico: Direito, Medicina, Engenharia, deve estar olhando para o espelho retrovisor.

O futuro está em fazer multiplicar os investimentos. Em ensinar a classe C e D a construir um patrimônio e deixar de consumir como loucos no curto prazo.

O futuro será dos Agentes Autônomos de Investimento.

Veja o texto abaixo desse autor e pesquise.

Por falar nisso, quanto você investiu no último mês?

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O agente autônomo e a democratização do mercado de capitais

Enquanto a maioria das pessoas ainda sonha em se tornar médico, engenheiro ou advogado, poucos percebem o nascimento de uma profissão tão promissora quanto as mais tradicionais, a de agente autônomo de investimentos: um profissional focado na distribuição de produtos financeiros, que atua como preposto de corretoras.
A continuidade do Plano Real, a melhora na renda do brasileiro e a redução das taxas de juros geraram um duplo efeito na sociedade brasileira: fizeram despertar naqueles que não investiam o interesse em fazê-lo e levaram os poupadores tradicionais a buscar novas formas de investimento.
É por isso que essa profissão estará entre as que mais crescerão nos próximos anos. Atualmente existem 7 mil profissionais habilitados a atuar no setor, número infinitamente inferior a de países desenvolvidos e mesmo em desenvolvimento, como Índia e China. Se imaginarmos que o número de investidores na bolsa brasileira aumentará 10 vezes em 5 anos (estimativa da bolsa) e que o agente autônomo pode distribuir qualquer produto financeiro (ações, fundos de investimentos, títulos de renda fixa etc), possivelmente teremos cerca de 100 mil profissionais atuando em 2015.
O agente autônomo está para a corretora de valores assim como os corretores de seguros estão para as seguradoras e os correspondentes bancários para os bancos etc. Essa comparação é pertinente para que se entenda que a figura do agente independente, que atua por conta própria, não é restrita ao mundo dos investimentos, existindo nos mais variados segmentos econômicos. Também é oportuno esclarecer que o agente autônomo de investimento não é uma invenção brasileira, existindo, senão em todos, em boa parte dos países, e tendo funcionado como motor do crescimento do mercado financeiro mundo afora.
Pelas dimensões do Brasil, o agente deve ser visto como a maneira mais eficiente de popularizar os investimentos, tendo capacidade de atingir praças que dificilmente seriam abraçadas pelo mercado de capitais. Diferentemente dos gerentes de bancos, que estão focados em produtos bancários, o agente autônomo atua com produtos de investimentos. A população, amadurecida pelo crescimento econômico, quer mais do que um cartão de crédito ou limite no cheque especial; ela quer saber como e onde investir.
O único problema é que poucas instituições estão preparadas para atuar com agentes autônomos e isso pode ser um empecilho para a ascensão dessa nova classe.
O número de processos administrativos na CVM e na Bolsa, em virtude de problemas relacionados à atuação do agente autônomo, aumentou nos últimos anos e fez acender o sinal amarelo nos órgãos reguladores, que vem buscando melhores formas de regular a atividade. As medidas propostas são válidas e sem dúvida devem ser implementadas. Contudo, o problema maior não está na atividade do agente autônomo, mas sim no exercício dessa atividade sem os devidos controles.
Eu talvez esteja em posição privilegiada para analisar a nova regulamentação proposta pela CVM. Comecei em 2001 como agente autônomo e, depois de anos, constituí, junto com outros agentes autônomos, uma corretora de valores.
A exclusividade tão questionada nas últimas semanas me parece vital para a profissionalização da atividade. E a explicação é simples: o agente autônomo, tal qual estabelecido nas normas que regulam a atividade, é considerado uma extensão da corretora, o que significa que a corretora é responsável por seus atos. Assim, nada mais natural e lógico que a CVM exija que esse profissional atue apenas por meio de uma instituição. Não parece fazer sentido alguém assumir a responsabilidade por algo que não possa adequadamente supervisionar.
Pela nova norma proposta, as corretoras que optarem por trabalhar nesse segmento terão que adotar uma série de controles, dentre os quais: equipes de treinamento de autônomos, de controle de risco, de auditoria de ordens e controle de qualidade, de análise, de suporte etc.
Podem parecer muitos os controles, mas - e isso posso dizer com conhecimento de causa - são eles fundamentais para o adequado exercício da atividade do agente autônomo.
O futuro está nítido: o agente autônomo será uma das profissões do futuro e o grande responsável pelo desenvolvimento do mercado de investimentos brasileiro.

Guilherme Benchimol é sócio da XP Investimentos

Fonte: http://www.valoronline.com.br/?impresso/investimentos/91/6309653/o-agente-autonomo-e-a-democratizacao-do-mercado-de-capitais&scrollX=0&scrollY=47&tamFonte=

Shopping Center - uma indústria em expansão


O The Wall Street Journal escrevendo sobre Shopping Center em Porto Velho/RO e Rio Branco/AC?
Quem diria, além da floresta, a Amazônia também é motivo de outros assuntos.

Segundo dados da ABRASCE - Associação Brasileira de Shopping Centers - nosso país está bem colocado no ranking dessa indústria no mundo. Estamos em décimo lugar em número de Centros de Compras e crescendo.

Os números desse setor, seja em construção de novos empreendimentos como em ampliação dos já existentes impressionam e fazem brilhar os olhinhos dos investidores.

A ALSHOP - Associação Brasileira de lojistas de Shopping, traz mais dados da expansão do setor: Um investimento em torno de R$ 6 bilhões dos empreendedores e lojistas nos 3 últimos anos. E esse número está em ascensão contínua.

De 2000 até 2005, o faturamento nominal dos shoppings aumentou 73,9% acumulado, saindo de R$ 23bilhões para R$ 40 bilhões.

14,8% ao ano em média? Nada mal...principalmente se considerarmos que nesse período de eleição presidencial, houve ano em que o crescimento do PIB foi praticamente zero, assim como o de 2009 em decorrência da crise de 2008.
Só em 2008 o movimento foi de R$64,6 bilhões, algo em torno de 2% do PIB.

Com esses resultados, é claro que os "players" internacionais já entraram na disputa dessa fatia do mercado brasileiro. E só entraram porque certamente aplicam ferramentas de BI para scannear as oportunidades globais do setor.

Grupos Portugueses, Canadenses, Americanos tem feito a festa por aqui.

A expansão da base instalada de centros de compras é uma fonte fantástica para se pensar nas estratégias de inteligência de mercado para o comércio do varejo.

Além disso, o conceito do negócio também está em evolução. O modelo agora incorpora outras operações como hotéis, torres de escritórios, clínicas de diagnósticos médicos, faculdades e centros de convenções. Conhecidos também por Open Malls.

Espaços multiuso que tem como principal objetivo agregar mais tráfego de pessoas às dependências, fazendo com que o tempo de permanência seja maior, o que geralmente leva a um aumento do consumo e do ticket médio da compra e que possa gerar ações de merchandising. Um shopping center hoje é também uma mídia.

Com isso o conceito introduz além da modalidade compra, as de centro de convivência, lazer e serviços. Ou seja o antigo conceito de âncora foi expandido.

Mas o que o case "Shopping Center" pode trazer de benchmarking para um empreendimento de pequeno ou médio porte? Sua loja pode estar na rua, ou mesmo ser um e-commerce, mas pode utilizar as estratégias competitivas de um mega empreendimento. Por que não?

Administrativamente, tudo o que um mega empreendimento precisa é útil ao pequeno e médio também. Planejamento, MKT, IM, Finanças, Processos, Gestão de Pessoas, Métodos, Compras, Análise de risco, Qualidade, Inovação, etc.

Não importa o tamanho do seu negócio, olhe no entorno. O observe o cenário, busque informações no seu público consumidor, faça melhorias contínuas baseadas em informação de valor.

Para esse post não ficar muito extenso, deixo a opção de enviar a matéria do "The Wall Street Journal" em português para quem tiver interesse: "Shoppings são a nova etapa no crescimento da Amazônia".

Enviei um e-mail para : marisnmoura@gmail.com

Falta qualificação profissional, Sobram Escolas Técnicas!



A velha pergunta continua cada dia mais atual : Você quer ter razão ou ser feliz?

Pelos dados das recentes observações, se você quer ter razão e carregar um título qualquer, mesmo detestando o que faz, vai fazer um bacharelado qualquer e pronto.
Afinal em países de passado colonial, ser doutor faz bem ao ego.

Mas se você quer ser feliz, por que não fazer um curso técnico ou tecnológico?

Não é nenhuma novidade que nosso país sofre de várias doenças, mas depois da corrupção aparentemente endêmica, talvez a mais nefasta seja a arrogância que é quando a ignorância encontra o orgulho.
A melhor vacina contra essa doença talvez ainda seja a informação e a luz do conhecimento. Dados e fatos analisados sem a burrice do preconceito. Por falar nisso, tem algo mais século XIX do que preconceito? Como que em pleno século XXI ainda continuamos alimentando esse monstrinho?
Em matéria recente do jornal Valor Econômico esse tema volta à tona: Vale a pena uma leitura.

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Em SP, curso técnico é garantia de emprego

A procura das empresas por profissionais qualificados tem garantido mais emprego e melhores salários para quem se forma nos cursos técnicos e tecnológicos do Centro Paula Souza, instituição estadual que administra as faculdades de tecnologia (Fatecs) e as escolas técnicas (Etec) em São Paulo.

Acompanhamento do centro mostra que a empregabilidade dos cursos está cada vez mais alta. Em alguns, como Informática e Soldagem, as contratações chegam a 100% dos formados. Como efeito desse movimento, os salários sobem. O curso de Soldagem apresenta uma remuneração média de dez salários mínimos, o que mostra que, para conseguir os profissionais, as empresas estão oferecendo mais.

" Temos contato com as empresas e elas estão desesperadas por profissionais qualificados. O que a gente forma, eles buscam " , diz Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza. Ela conta que, para apoiar os cursos, as empresas têm fornecido materiais e até seus laboratórios para os alunos das Fatecs e Etecs.

Na série que aponta os dez cursos que mais empregam estão formações na área de mecânica, como Processos de Produção (97,3%)e Projetos (93,0%), de construção civil, como Edifícios (97,1%), de informática, como Análise e Desenvolvimento de Sistemas (96,8%),Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação (95,2%), além de Projetos e Manutenção de Aparelhos Hospitalares (95,5%), Automação de Escritórios e Secretariado (93,8%) e Logística com ênfase em transportes (91,7%).

" Vários setores vêm se modernizando para se tornar mais competitivos, e nós buscamos acompanhar essas mudanças reformulando os currículos e criando novos cursos, sempre em parceria com o setor produtivo ", diz a diretora. Ela explica que historicamente as pessoas formadas nas Fatecs e Etecs conseguem uma boa colocação no mercado, mas que o centro tem percebido um crescimento da empregabilidade nos últimos anos.

O curso Edifícios, de construção civil, ministrado na Fatec da cidade de São Paulo, é um exemplo disso. Em 2002, primeiro ano de levantamento do dado, 66,7% das pessoas formadas há um ano eram contratadas. Em 2006, esse percentual subiu para 82,4%, e em 2009, chegou a 97,1%. Por conta desse crescimento, o centro planeja abrir o curso em outras unidades.

" Ficamos contentes com essa evolução, e ao mesmo tempo preocupados, porque temos de andar cada vez mais rápido para atender a essa necessidade de profissionais. O apagão de mão de obra prejudica muito as empresas " , diz Laura. Para permitir a sua expansão, o Centro Paula Souza conta hoje com um orçamento de R$ 1 bilhão para 2010, frente a R$ 363 milhões em 2006.

O aumento da procura por formandos reflete também nos salários. O salário médio de quem se forma nesse mesmo curso de construção civil passou de 4,5 salários mínimos em 2006 para 6 mínimos em 2009.

" Existem dois aspectos que puxam a melhoria da remuneração dos formados nos nossos cursos. Um é que são profissionais raros no mercado, e outra é que são setores que costumam pagar bem " , diz a diretora.

Hierarquia + disputa de ego + poder. Esse coquetel mata!

Essa notícia abaixo saiu no portal G1 de hoje numa tradução do NY Times.

Não se iluda. O que ela fala acontece lá e aqui também.

E não é só em hospitais não.

Da padaria da esquina ao cruzeiro transatlântico, nenhuma empresa escapa.

Como o hospital cuida de vidas, o assunto fica mais sério!

No livro Outliers, o autor tem um capítulo sobre acidentes de aviação onde mostra que ficou claramente comprovado nas pesquisas, após vários acidentes graves que quando o acidente não ocorre por falha técnica é por problema da hierarquia.

Co-pilotos percebem o erro fatal mas não abrem a boca para avisar o piloto - autoridade máxima dentro da aeronave!!

O mesmo ocorre entre médicos e outros profissionais de saúde.

Entre diretores e analistas de empresas de todo porte.

Preste atenção quando ele fala nas soluções: Lavar as mãos antes de cada procedimento;
fazer um check list; ter à mão todo o material necessário para o procedimento......
coisas que qualquer manicure deve saber e fazer no seu dia a dia!

Se isso está sendo dito para um hospital dos EUA, você consegue imaginar como as coisas ocorrem por aqui?

Boa leitura, ótimas reflexões e boas atitudes!!
Lutar contra isso: ( infecção hospitalar e também pela melhoria do fluxo gerencial em nosso dia a dia) depende de cada um de nós.
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Pacientes morrem de ‘hierarquia’ nos hospitais dos EUA, critica médico


Especialista Peter Pronovost trabalha em segurança hospitalar. Dar mais autonomia à enfermagem reduz taxa de erro, defende.

Claudia Dreifus Do 'New York Times'


Peter Pronovost, 45 anos de idade, é diretor medico do Grupo de Pesquisa de Qualidade e Segurança do Hospital John Hopkins em Baltimore (EUA), o que significa que ele lidera a busca daquela instituição por formas mais seguras de cuidar dos pacientes. Ele também viaja pelo país, prestando consultoria em hospitais sobre medidas inovadoras de segurança.

NYT - O que o fez começar sua cruzada pela segurança hospitalar?

Peter Pronovost - Meu pai morreu de câncer aos 50 anos. Ele tinha um linfoma, mas tinha recebido o diagnóstico de leucemia. Quando era estudante de medicina do primeiro ano aqui na John Hopkins, levei meu pai a um de nossos especialistas para uma segunda opinião. O especialista disse: “Se você tivesse vindo antes, seria elegível para um transplante de medula óssea, mas o câncer já está muito avançado.”

A palavra “erro” nunca foi pronunciada, mas estava implícita.

Fiquei arrasado, com raiva dos clínicos e de mim mesmo. Eu pensava: “A medicina tem de ser melhor que isso.”

Alguns anos depois, quando eu já era médico, depois de obter um doutorado em segurança hospitalar, conheci Sorrel King, cuja filha de 18 meses, Josie, tinha morrido no Hopkins de infecção e desidratação após a inserção de um cateter.

A mãe e os enfermeiros tinham percebido que a menininha estava com problemas. Mas alguns médicos encarregados de seus cuidados não ouviam. Então, tivemos uma criança que morreu de desidratação, uma doença do terceiro mundo, num dos melhores hospitais do mundo. Muitas pessoas aqui ficaram atormentadas com isso. E a autocrítica que se seguiu fez com que fosse possível para mim realizar novas pesquisas sobre segurança e pressionar por mudanças.


NYT - O que exatamente havia de errado?

Peter Pronovost - Assim como em muitos hospitais, tivemos um trabalho em equipe disfuncional por causa de uma cultura excessivamente hierárquica. Quando as confrontações ocorriam, o problema raramente era enquadrado de forma a buscar o melhor para o paciente.

Era assim: “Eu estou certo. Sou mais experiente que você. Não me diga o que fazer.”

Com a causa da morte de Josie King (infecção após inserção de cateter), nossos índices eram altíssimos: cerca de 11 em mil, o que, na época, nos colocava entre os piores 10% do país.


Cateteres são inseridos nas veias próximas do coração antes de grandes cirurgias, na UTI, para quimioterapia e diálise. O Centro de Controle de Doenças calcula que 31 mil pessoas por ano morrem de infecções no sangue contraídas em hospitais dessa forma.


Então eu pensei: “Isso pode ser impedido. Infecções hospitalares não são como uma doença sem cura. Vamos tentar fazer um check list que padronize o que os clínicos fazem antes do cateterismo.”

Eu achava que, se pegássemos as medidas de segurança mais importantes e encontrássemos alguma forma de torná-las uma rotina, o cenário poderia ser alterado. O check list que desenvolvemos foi simples: lavar as mãos, limpar a pele com chlorhexidina, evitar colocar cateteres na virilha, cobrir o paciente e a si mesmo enquanto insere o cateter, manter um campo esterilizado, e se perguntar todos os dias se os benefícios do cateterismo são maiores que os riscos.


NYT - Lavar as mãos? Os médicos não já fazem isso automaticamente?

Peter Pronovost - Estimativas nacionais dão conta de que nós lavamos as mãos de 30% a 40% das vezes. Em hospitais que estão trabalhando para melhorar seu desempenho de segurança, o número chega a 70%. Mas isso significa que, em 30% das vezes, os profissionais não estão lavando as mãos.


No Hopkins, testamos a ideia do check list na unidade de tratamento intensivo cirúrgico. Ajudou, embora ainda seja necessário fazer mais para diminuir os índices de infecção. Precisamos garantir que os suprimentos – desinfetante, panos, cateteres – estejam próximos e à mão.

Observamos que esses itens eram armazenados em oito lugares diferentes dentro do hospital; por isso, nas emergências, as pessoas muitas vezes “pulavam” passos. Assim, reunimos todo o material necessário e o colocamos juntos num carrinho acessível. Designamos uma pessoa para ficar responsável pelo carrinho e sempre garantir que ele esteja abastecido. Também instituímos supervisores para garantir que o check list estava sendo seguido.

Dissemos: “Médicos, sabemos que vocês são pessoas ocupadas e às vezes se esquecem de lavar as mãos. Então, enfermeiros, vocês devem garantir que os médicos o façam. Se eles não o fizerem, vocês estão autorizados a interromper o início de um procedimento.”


NYT - E o que aconteceu?

Peter Pronovost - Você ia achar que eu tinha começado a Terceira Guerra Mundial! Os enfermeiros disseram que não era parte do trabalho deles monitorar os médicos; os médicos disseram que nenhum enfermeiro interromperia o início de um procedimento. Eu disse: “Médicos, sabemos que não somos perfeitos e que podemos esquecer importantes medidas de segurança. Enfermeiros, como vocês podem permitir que um médico comece sem ter lavado as mãos?”

Disse aos enfermeiros que eles poderiam me mandar mensagem de celular de dia ou de noite, que eu os apoiaria. Em quatro anos conseguimos reduzir os níveis de infecção a quase zero na UTI.

Então, levamos isso a 100 UTIs de 70 hospitais de Michigan. Medimos suas taxas de infecção, implementamos o check list, trabalhamos para obter uma cultura de mais cooperação, para que os enfermeiros pudessem falar. De novo, reduzimos as taxas a quase zero. Estamos motivando hospitais de todo o país a implementar sistemas de check list similares.


NYT - Você sustenta que os hospitais podem reduzir taxas de erro ao dar mais autonomia aos enfermeiros. Por quê?

Peter Pronovost - Porque, em todos os hospitais dos Estados Unidos, pacientes morrem de hierarquia. Pela forma como os médicos são treinados, o domínio experimental é visto como ameaçador e pouco importante. Mas uma enfermeira ou membro da família pode estar com um paciente 12 horas por dia, enquanto um médico só aparece por cinco minutos.


Quando comecei a trabalhar nisso, observei as alegações de responsabilidade de eventos que poderiam ter matado um paciente ou que realmente mataram, em vários hospitais – incluindo o Hopkins. Eu perguntei: “Em quantos desses eventos alguém sabia que algo estava errado e não falou, ou falou e não foi ouvido?”

Até mesmo eu, médico, já passei por isso. Uma vez, durante uma cirurgia, estava administrando anestesia e podia ver que o paciente estava desenvolvendo os sinais clássicos de uma reação alérgica com risco de morte.

Disse ao cirurgião: “Acho que isso é alergia a látex, por favor, mude as luvas.” “Não é”, ele disparou, recusando-se a fazê-lo. Então eu disse: “Me ajude a entender como você está enxergando a situação. Se eu estiver errado, eu só vou estar errado. Mas, se você estiver errado, você vai matar o paciente.” Eu não poderia deixar o paciente morrer porque o cirurgião e eu não estávamos nos entendendo.

Pedi à instrumentista que telefonasse para o reitor da faculdade de medicina, que eu sabia que me apoiaria. Quando ela estava prestes a telefonar, o cirurgião me xingou e finalmente tirou as luvas de látex.


NYT - O que os pacientes podem fazer para se proteger de erros em hospitais?

Peter Pronovost - Eu diria que um paciente pode fazer a seguinte pergunta: “Qual a taxa de infecção do hospital?” Se esse número for alto ou o hospital disser que não sabe, você deve sair correndo. Em qualquer caso, você também deve perguntar se eles usam um sistema de check list.

Quando você já for paciente internado do hospital, pergunte: “Será que eu realmente preciso desse cateter? Estou recebendo benefícios o suficiente para compensar os riscos?” A qualquer pessoa que lhe tocar, pergunte: “Você lavou as mãos?” Parece tolice, mas você tem de ser seu próprio protetor.


* A editora americana Hudson Street Press lançou recentemente o livro “Safe Patients, Smart Hospitals: How One Doctor’s Checklist Can Help Us Change Health Care from the Inside Out”, escrito por Peter Pronovost e Eric Vohr.


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