Como assim..?


Tenho dó da turma do crachá e penso que num futuro bem próximo todos seremos freelas.

Como assim?

Vivemos uma época curiosa.

Nunca se falou tanto em dieta e nunca houve tantos obesos. Nunca se produziu tanto alimento e nunca tanta gente morreu de fome. Tantos novos remédios, mas tantas doenças degenerativas e incuráveis. Tantas Faculdades e tanta ignorância. Mas com um detalhe, agora a ignorância recebe diploma, faz lipo e usa modelito rosa....

Um exemplo das contradições que vivemos é a elevação da carga de trabalho. Com o enxugamento de pessoal, crise, downsizing e fusões, é cada vez mais comum uma pessoa fazer o que antes faziam três ou quatro, sem direito a reclamar, afinal, ela ainda é uma das privilegiadas com-crachá.

Esse é parte do cenário cínico que se instalou nas empresas. Num momento em que o discurso bonito é o de gestão das pessoas paradoxalmente, nunca houve tanta sujeira embaixo do tapete nas organizações, de qualquer setor, porte e nacionalidade.

Quem está empregado hoje paga um alto preço pelo pacote: salário+benefícios+crachá+bônus.
Algo assim como a saúde ou a vida.

É impressionante o número cada vez maior de pessoas com gastrite, hipertensão e otras cositas mas... Pessoas com 20 anos, ou menos. Massacradas.
Com que talento estamos prontos para servir! É muito barato o processo de domesticação, por qualquer plano de saúde, cesta básica, celular ou previdência, fica-se muito dócil.

Por outro lado, pessoas com alta qualificação, fluente em 2 ou 3 idiomas, etc, etc, não conseguem nem uma primeira entrevista.

Das duas, uma. Ou a opção das empresas é pela mediocridade, ou os empregos estão sumindo.

Na dúvida eu fico com as duas prováveis respostas.

A maioria das empresas estáridiculamente medíocre e mortas de medo da inovação.

A maioria dos empregos virou fumaça.

No meio desse barulho todo, as ditas empresas de recolocação ( sic) fazem a festa. Elas conseguem vender o sonho. E muita gente está disposta a pagar pelo jogo: "Me engana que eu gosto".

Logo no início da revolução industrial, os
luditas fizeram um movimento de revolta contra as máquinas.

Luditas no século XIX

Talvez esteja na hora de encarar que passamos por um momento semelhante no século XXI, só que agora anestesiados pela droga do consumo, fazemos qualquer negócio para continuar pagando nosso cartão de crédito em até 12 vezes, para poder comprar tudo aquilo que "precisamos".

Não adianta espernear, nem fazer beicinho.

Tem que encarar.


Sabe qual a profissão que mais vai crescer nos próximos 5 anos?


Quem pensou no pacote básico: Direito, Medicina, Engenharia, deve estar olhando para o espelho retrovisor.

O futuro está em fazer multiplicar os investimentos. Em ensinar a classe C e D a construir um patrimônio e deixar de consumir como loucos no curto prazo.

O futuro será dos Agentes Autônomos de Investimento.

Veja o texto abaixo desse autor e pesquise.

Por falar nisso, quanto você investiu no último mês?

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O agente autônomo e a democratização do mercado de capitais

Enquanto a maioria das pessoas ainda sonha em se tornar médico, engenheiro ou advogado, poucos percebem o nascimento de uma profissão tão promissora quanto as mais tradicionais, a de agente autônomo de investimentos: um profissional focado na distribuição de produtos financeiros, que atua como preposto de corretoras.
A continuidade do Plano Real, a melhora na renda do brasileiro e a redução das taxas de juros geraram um duplo efeito na sociedade brasileira: fizeram despertar naqueles que não investiam o interesse em fazê-lo e levaram os poupadores tradicionais a buscar novas formas de investimento.
É por isso que essa profissão estará entre as que mais crescerão nos próximos anos. Atualmente existem 7 mil profissionais habilitados a atuar no setor, número infinitamente inferior a de países desenvolvidos e mesmo em desenvolvimento, como Índia e China. Se imaginarmos que o número de investidores na bolsa brasileira aumentará 10 vezes em 5 anos (estimativa da bolsa) e que o agente autônomo pode distribuir qualquer produto financeiro (ações, fundos de investimentos, títulos de renda fixa etc), possivelmente teremos cerca de 100 mil profissionais atuando em 2015.
O agente autônomo está para a corretora de valores assim como os corretores de seguros estão para as seguradoras e os correspondentes bancários para os bancos etc. Essa comparação é pertinente para que se entenda que a figura do agente independente, que atua por conta própria, não é restrita ao mundo dos investimentos, existindo nos mais variados segmentos econômicos. Também é oportuno esclarecer que o agente autônomo de investimento não é uma invenção brasileira, existindo, senão em todos, em boa parte dos países, e tendo funcionado como motor do crescimento do mercado financeiro mundo afora.
Pelas dimensões do Brasil, o agente deve ser visto como a maneira mais eficiente de popularizar os investimentos, tendo capacidade de atingir praças que dificilmente seriam abraçadas pelo mercado de capitais. Diferentemente dos gerentes de bancos, que estão focados em produtos bancários, o agente autônomo atua com produtos de investimentos. A população, amadurecida pelo crescimento econômico, quer mais do que um cartão de crédito ou limite no cheque especial; ela quer saber como e onde investir.
O único problema é que poucas instituições estão preparadas para atuar com agentes autônomos e isso pode ser um empecilho para a ascensão dessa nova classe.
O número de processos administrativos na CVM e na Bolsa, em virtude de problemas relacionados à atuação do agente autônomo, aumentou nos últimos anos e fez acender o sinal amarelo nos órgãos reguladores, que vem buscando melhores formas de regular a atividade. As medidas propostas são válidas e sem dúvida devem ser implementadas. Contudo, o problema maior não está na atividade do agente autônomo, mas sim no exercício dessa atividade sem os devidos controles.
Eu talvez esteja em posição privilegiada para analisar a nova regulamentação proposta pela CVM. Comecei em 2001 como agente autônomo e, depois de anos, constituí, junto com outros agentes autônomos, uma corretora de valores.
A exclusividade tão questionada nas últimas semanas me parece vital para a profissionalização da atividade. E a explicação é simples: o agente autônomo, tal qual estabelecido nas normas que regulam a atividade, é considerado uma extensão da corretora, o que significa que a corretora é responsável por seus atos. Assim, nada mais natural e lógico que a CVM exija que esse profissional atue apenas por meio de uma instituição. Não parece fazer sentido alguém assumir a responsabilidade por algo que não possa adequadamente supervisionar.
Pela nova norma proposta, as corretoras que optarem por trabalhar nesse segmento terão que adotar uma série de controles, dentre os quais: equipes de treinamento de autônomos, de controle de risco, de auditoria de ordens e controle de qualidade, de análise, de suporte etc.
Podem parecer muitos os controles, mas - e isso posso dizer com conhecimento de causa - são eles fundamentais para o adequado exercício da atividade do agente autônomo.
O futuro está nítido: o agente autônomo será uma das profissões do futuro e o grande responsável pelo desenvolvimento do mercado de investimentos brasileiro.

Guilherme Benchimol é sócio da XP Investimentos

Fonte: http://www.valoronline.com.br/?impresso/investimentos/91/6309653/o-agente-autonomo-e-a-democratizacao-do-mercado-de-capitais&scrollX=0&scrollY=47&tamFonte=

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