Os sete erros da não gestão e os sete pecados capitais

Há uma mentalidade jeca instalada na política e no ambiente empresarial desse país que nem os furacões de ultimamente conseguiram dissipar.

As poucas exceções que existem destacam-se justamente por isso - não passam de meia dúzia.

São uns bocós” diria Rei Julian de “Madagascar”. Alguém tem dúvida que ele é um fofo?

Nada como um bom personagem para colocar as coisas em perspectiva.

Vai ser preciso passar uma geração inteira para que os medos e as pequenezas dos empreendedores bocós sejam superadas? A questão é: Teremos tanto tempo assim para esperar?

Provavelmente você deve ter suspirado e pensado o quanto o local de seu trabalho se encaixa nessa categoria. Calma, nada de ficar cabisbaixo. Para tudo tem um jeitinho.

Alguns erros que são tão primários, tão toscos, que ficamos nos perguntando como é possível que ainda ocorram.

Aqui vão sete erros básicos de empresas que não praticam nenhum tipo de inteligência de mercado no seu dia a dia. Sete é um bom começo. Poderia ser setenta, mas aí esse post ficaria muito chato.

Não se iludam, Para erros primários, soluções básicas.
Quem sabe assim haja alguma compreensão?
Em terra que dá mais de um milhão de votos para analfabetos não se pode ir muito além do
“vovô viu a uva”.

Erro primário número 1:

- Não identificar seus pontos cegos nem conhecer na palma da mão as sutilezas do seu setor de atuação. Para onde o vento está soprando? Querer ganhar mais, ou o mesmo que antes, sem fazer necessariamente nada diferente para isso. Mais ou menos o que enfrenta hoje a Microsoft em relação aos seus 2 principais concorrentes: Google e Apple!! Ou Blockbuster X Netflix e mais tantos outros exemplos daqui e de lá, grandes e pequenos. Ignorar plataformas emergentes dá nisso, a empresa torna-se irrelevante no longo prazo. Aqui uma boa opção é a gula.

Erro primário número 2:

- Não procurar se aprimorar. Não ler, não estudar, não participar de seminários, nem de nenhuma entidade de classe. Achar que sabe tudo, que nada é novidade, que o que sempre deu certo continuará dando. Se recusar a arriscar. Apegar-se aos ganhos passados e atuais, encastelar-se e ter um medo tremendo de inovar. Continuar com a mesma equipe, não arejar o ambiente com gente diferente, que traga idéias novas.

Conhecemos bem de perto esse perfil, até bem pouco tempo aqui na Terra de Santa Cruz vangloriar-se de nunca ter lido um livro era coisa fácil de se ouvir. Aqui poderia se encaixar a soberba ( ou vaidade).

Erro primário número 3:

- Contratar pessoas menos qualificadas, semi competentes ou quase medíocres, tanto faz. Que aceitam uma remuneração baixa, não dar treinamento, nem recursos tecnológicos decentes e ainda por cima cobrar resultados.

Ou pior, em situações mais extremas e criminosas usar trabalho escravo, explorando miseráveis como o que é feito com o lado podre da indústria da moda, na Ásia e também aqui (bolivianos, paraguaios e peruanos). Ter a marca associada a esse tipo de crime é quase como praticar suicídio de mercado.

O nome disso? Avareza

Erro primário número 4:

- Desrespeito aos concorrentes subestimando sua capacidade de sucesso. Inveja. Tsc, tsc, coisa mais feia..

Erro primário número 5:

- Luxúria: Segundo o Wikipédia é “deixar-se dominar pelo exagero das paixões materiais”.
Todo excesso traz em si o princípio da luxúria, primeiro passo para a ganância.
Um negócio, qualquer que seja seu porte, tem também uma função sócio-ambiental. Sua sobrevivência e continuidade dependem dos seus lucros, mas ele existe para ser mais que uma máquina de fazer dinheiro. Mesmo porque caso não haja um significado mais amplo ao longo do tempo, não sobreviverá. Vai faltar alma e sangue. Pessoas precisam de significado. Sentir-se fazendo parte de algo maior. Caso contrário a rotatividade é grande e o custo disso maior ainda. Clientes gostam de comprar de empresas responsáveis e sustentáveis.

- Erro primário número 6:

O pior dos pesadelos: Comprar na alta e vender na baixa. Atire a primeira análise gráfica quem nunca caiu nessa armadilha. Da mesma forma o empresário que não planeja, age sem nenhum método nem disciplina e fica bravo quando é perguntado sobre esses assuntos quando seus pequenos prejuízos começam a ser mais constantes do que seus lucros. A mistura do excesso de otimismo com achismo é explosiva e pode levar a assumir riscos desnecessários. A ira é a conseqüência mais imediata. O stress vem em seguida e vai oxidando todo o patrimônio duramente conseguido.

Erro primário número 7 (mas não menos importante):

- Não fazer nenhum cadastro do cliente que entrou naturalmente na sua loja, ou no seu site. Esse descuido merece cadeira elétrica.

O cliente te escolheu – espontaneamente - por que não oferecer alguma motivação para que ele anote o nome, e-mail e celular numa nesguinha de papel?
Não acredito que sua empresa não tenha nada, NADA, nadinha para oferecer em troca dessa possível mina a ser garimpada. Esse comportamento certamente sugere a
preguiça.

Não se iluda, manter-se alinhado com o mercado, com ações e campanhas inteligentes, requer tempo e preparo. Todos os negócios são cíclicos. O mercado sempre tirou de cena os incompetentes. Cedo ou tarde eles desaparecem. A grande charada é como ficar mais tempo na ativa e gerando recursos.

Na dúvida, chame essa turma aí de baixo. Eles costumam resolver as paradas mais difíceis.


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