Bilionários

Não tenho um centavo aplicado no Quantum Fund do bilionário George Soros. Infelizmente!
Soros é uma lenda no mercado financeiro e é fato que consegue algo em torno de 20% de retorno ao ano em seus investimentos. Nada mal.

No mesmo dia fico sabendo de outra história pra lá de interessante. Elie Horn - fundador e presidente da Cyrela.


O que ambos têm em comum? Além de serem bilionários, ambos são imigrantes judeus, sabem ganhar dinheiro como ninguém e fazem doações milionárias de suas fortunas.
Migrantes sabem o valor de cada suor e cada lágrima derramada. O trabalho é o que lhes dá dignidade. Por isso o fruto do seu trabalho é sagrado!

Em 2010 Soros disse à Reuters: - "Doarei metade de minha renda enquanto estiver ganhando e a outra metade quando eu morrer".
Quanto à Horn, dizem que doa mais de 50% do que ganha.
Soros doando nos USA e Horn aqui no Brasil, tanto faz, o mundo precisa deles.

Supondo que uma pessoa ganhe mensalmente 1 milhão, doar a metade disso ainda a deixa com muita grana pra torrar.

O que isso tem a ver com inteligência de mercado? Bem, se você não consegue estabelecer nenhuma ligação é melhor mudar de blog.

Há uns 10 anos tem me chamado a atenção a habilidade dos judeus com o dinheiro e o caráter espiritual impregnado em todas suas práticas, inclusive às ligadas às finanças.

Li muita coisa à respeito, frequentei cursos e seminários com rabinos, vi filmes, publiquei artigos em revistas, desenvolvi um treinamento: "O caráter espiritual do dinheiro", fiz palestras em congressos e fui convidada para realizar uma vídeo-aula que foi ao ar pela Dtcom em 2005 - um canal de educação corporativa à distância.

Esse tema me intriga e seduz. Sou apaixonada pela sabedoria e preceitos judaicos e a doação é parte fundamental da ética judaica. Segundo a Cabalah somos um canal que recebe e repassa, recebe e repassa, infinitamente e cada vez mais, portanto quanto mais repassamos mais recebemos.
Adoro essa lógica!

Claro que imediatamente pode surgir em algumas cabecinhas ocas um raciocínio pra lá de simplório e tacanho do tipo: "Ah, para quem tem muito é fácil doar". Pensamento desse tipo sequer merece comentário, só foi citado porque é muito mais comum do que se imagina, principalmente nas mentes pobrezinhas com complexo de franciscano. O que mais tem na terrinha.

Na antiguidade bíblica, dinheiro também era conhecido como Talento. Há inclusive a parábola dos talentos, fácil de ser encontrada numa busca rápida.

A moeda nada mais é do que um símbolo. Assim como a cruz, a estrela de Davi, as alianças, as bandeiras de países e vários outros objetos simbólicos. Sua única função é fazer o papel de intermediação com o sagrado.

Através dos símbolos nós religamos uma conexão supostamente partida.

As religiões sabem explorar muito bem os símbolos. Os movimentos fascistas também souberam.

E o mercado? Para o mercado através dos símbolos mostramos a qual extrato da sociedade pertencemos. Não se pode negar que ele trabalha os símbolos de maneira exemplar, afinal qual a razão de se usar uma bolsa de grife de alguns milhares de dólares ou...


.....possuir um Porshe vermelho?









Promover a expansão do mercado através da circulação do dinheiro e sua multiplicação e distribuição é um talento e tanto. Requer muita inteligência de mercado.

Há injustiça no mundo? Muitas.
A moeda carrega em si o germe da maldade do mundo? Não.
O mundo é melhor hoje do que na idade média? Não sei.
( pensando bem, lembrando a frase do personagem de Wood Allen em " Meia noite em Paris", " ...eu prefiro viver num mundo onde a penicilina já tenha sido descoberta..."

Penso que o mundo precisa de muitos milionários e bilionários. Muitos. Cada vez mais.

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